No quadro da celebração do dia da Independência da Guiné-Bissau, a direção da Tiniguena efetuou uma visita de cortesia à sede do CIDAC-Centro de Intervenção para o Desenvolvimento Amílcar Cabral.
Numa visita guiada a todos os departamentos do centro com realce ao centro de documentação, onde tiveram a oportunidade de apreciar arquivos históricos da luta de libertação nacional, os primeiros documentos da criação da Tiniguena feita em 1991, as edições históricas do jornal Nô Pintcha, a histórias do período do partido Único.
Também visitaram a “Loja do Comércio Justo”, uma loja que tem como objetivo “aliar o comércio a princípios de justiça, equidade e solidariedade" entre os produtores e consumidores africanos, asiáticos, europeus e americanos através dos produtos artesanais, produtos alimentares e higiénicos.
Há mais de 30 anos a Tiniguena e o CIDAC têm centrado suas colaborações no domínio da valorização das produções, saberes e recursos locais e na defesa da soberania alimentar por meio de vários projetos implementados com realce ao projeto da linha “kil ku i dinos tem balur”. Recentemente as duas organizações conceberam em 2023 o projeto “Sementeira” o objetivo é de aumentar o consumo de “Produtos da Terra” através do reforço e da dinamização da ação coletiva das comunidades de produtores/as e das organizações da sociedade civil e reforçar as capacidades de intervenção dos atores coletivos e individuais envolvidos no apoio à produção e à promoção do consumo de produtos locais. Abrangendo 8 unidades de produção e transformação dos quais 4 dedicadas a produtos acabados e diretamente comercializáveis e 4 dedicadas à produção e conservação de inputs produtivos de qualidade, nomeadamente sementes e estacas (bancos de sementes) nomeadamente: UP de Arroz em Calaque, na região de Cantanhez, no Sul do país, UP de Óleo de Palma em Cabedu, também na Região de Tombali, UP de Peixe Fumado, em Djabada Porto, na Região de Quínara e UP de farinhas alimentares (milho preto, milho bassil, arroz, mandioca, cabaceira, alfarroba...) em Djalicunda na região de Oio. E relativamente aos bancos de sementes nas aldeias de Calaque e Cabedu, em Tombali; na aldeia de Djabada em Quínara e Djalicunda em Oio.
CIDAC é uma organização que nasce do trabalho realizado pelo grupo do BAC-Boletim Anti Colonial, que lutou contra o regime colonial do Estado Novo, fundamentalmente através da produção e disseminação de informação sobre as lutas de libertação em curso.
Criado em maio de 1974 com o compromisso à solidariedade, justiça nas relações internacionais, o reconhecimento e a valorização das identidades e dos recursos locais, o papel específico da sociedade civil na procura e construção de soluções alternativas, à independência e autonomia face aos poderes instituídos.
