
No âmbito da implementação do projecto Acão Climática Feminista na Africa Ocidental (AC-FAO), realizou-se na aldeia de Enxude, sector de Tite, a Campanha de reflorestação de mangal e de limpeza de canais e a sensibilização sobre uso de plásticos e tratamento dos lixos.
A campanha que decorreu de 8 a 12 de outubro, sob lema “Nó Kuida di nõ Tarafe” envolveu 56 voluntários dos quais 36 são estudantes de agronomia na Universidade Amílcar Cabral, e os vintes são membros da comunidade e a equipa técnica do projecto com o objectivo de reduzir os impactos das alterações climáticas no cotidiano da comunidade e na preservação do ecossistema do mangal.
Durante os cincos dias de trabalhos, foram recolhidos e plantados vinte cinco mil propágulos cobrindo uma área de cerca de 15 hectares, e conseguiu-se limpar os canais para permitir a entrada da água do mar e, ao mesmo tempo, favorecer a Regeneração Natural Assistida (RNA).
Também foram colocados 10 recipientes de lixo arredores de porto de Enxude e realizadas sessões de cine-debate com temas relacionados à poluição ambiental e ao mau uso do plástico na comunidade de Enxudé sendo uma das travessias mais usadas atualmente para ligação entre Bissau, sector de Bolama e a região de Quinara, o que acaba por sofrer com poluição ambiental causada por mau uso e descarte lixo sobretudo plástico que acabam por ficar nas zonas dos manguezais afetando todo o seu ecossistema.
O técnico agrónomo da Tiniguena explica que o projecto decidiu-se trabalhar com os jovens estudantes de forma a permitir aos estudantes a terem em prática os aprendizados teóricos e também de conhecerem a realidade desta comunidade e trocarem experiências sobre o processo de restauração e dos impactos do plástico no solo principalmente nas bolanhas e tarrafes.
Ação Climática Feminista na África Ocidental é financiado pela Global Affairs Canada e implementado pela Tiniguena em parceria com a ONG Canadiana INTER PARES, visa aumentar as respostas comunitárias à adaptação das mudanças climáticas com foco nas mulheres rurais, jovens, e das comunidades indígenas, consideradas mais vulneráveis aos impactos destas mudanças.