Devido à sua geografia, as regiões costeiras e insulares da Guiné-Bissau são vulneráveis às alterações climáticas, principalmente na forma de subida do nível do mar e intensificação do processo de erosão costeira. As regiões onde o projeto será implementado são também suscetíveis de serem afetadas pela redução da precipitação e pelo aumento dos episódios de seca, o que terá impactos negativos na produção agrícola das regiões. Estes impactos afetam particularmente as mulheres e raparigas, o que motiva uma abordagem de igualdade de género e empoderamento das mulheres para o sucesso da implementação do projeto e na mitigação e adaptação aos efeitos das alterações climáticas.
A estratégia de adaptação às alterações climáticas nos contextos das populações vulneráveis, passa pela adoção de um desenvolvimento local resiliente ao clima que integre as questões do género e as dimensões da sustentabilidade. Nomeadamente, a económica, a social e ambiental. Para que isto aconteça, a Tiniguena tomo como prioridades a informação e animação social para a tomada de consciência relativa aos efeitos e impactos socio económicos da degradação do meio ambiente e os seus efeitos, a adoção de soluções baseadas na natureza e saber tradicional na gestão dos recursos naturais. Paralelamente, a intervenção no âmbito do desenvolvimento económico local é assente na inclusão de todos os membros das comunidades, com particular atenção para o empoderamento das mulheres e jovens. Os principais eixos estratégicos da intervenção da Tiniguena são o desenvolvimento da agricultura familiar com base na diversificação e disseminação das boas práticas de cultivo agroecológico; a valorização económica dos produtos locais agroflorestais e da pesca artesanal; e a gestão partilhada e inclusiva do património natural comunitário e da biodiversidade.
Areas Geográficas: Regiões de Quínara e dos Bijagós.
Duração: 3 anos
Coordendor: Emanuel Ramos
Financiamento: Governo do Canadá através dos Negócios Globais do Canadá
imagens : Emmanuel Luce / Inter Pares 2023