Técnicos da TINIGUENA levaram a cabo entre 6 e 19 de junho, em Formosa, uma formação em matéria de gestão de pequenos negócios, em benefício de 22 empreendedores comunitários de Urok e também das ilhas de Canhabaque, Orango e Uno, todas no arquipélago dos Bijagós.
Esta ação de formação decorreu na sala de informática da Casa do Ambiente e Cultura da TINIGUENA, na ilha de Formosa. E teve por finalidade o reforço de capacidade das mulheres horticultoras, jovens agricultores, produtores e comerciantes comunitários, por forma a lidarem melhor com a gestão de suas atividades económicas e puderem assim garantir o sucesso ea sustentabilidade dos seus negócios.
Outro objetivo da iniciativa era fornecerinformações aos beneficiários sobre a planificação, definição de metas ou objetivos, assim como transmitir-lhes noções básicas de estudo de mercado, controlo de receitas e despesas, tudo acompanhado de trabalhos de grupo e exercícios práticos. Um momento significativo da formação foram as explicações relativas à planificação e definição dos custos da exploração de moto-carros e pirogas.
Nos próximos meses está prevista a distribuição de 26 moto-carros às comunidades das ilhas abrangidas pelo projecto Blue Bijagós e ACF-AO.Já, em abril último, TINIGUENA organizou em Formosa uma formação para os condutores e mecânicos destes veículos.
O projeto Blue Bijagós está inserido no Programa Regional Costeiro Marinho (PRCM), uma parceria para a conservação da zona marinha e costeira de sete países da África Ocidental, entre os quais a Guiné-Bissau. O projeto começou a ser implementado no país em 2024, em paralelo com mais quatro atores locais, tendo também em vista alargar a rede das Áreas Marinhas Protegidas, a fim de serem geridas de forma a proteger a biodiversidade marinha e a reforçar a resiliência socioeconómica na Reserva de Biosfera do Arquipélago dos Bijagós.
Por seu lado, o projeto ACF-AO (Ação Climática Feminista na África Ocidental, vem sendo executado por TINIGUENA desde 2023, em parceria com a ONG canadiana INTER PARES, a fim de aumentar as respostas comunitárias à adaptação das mudanças do clima, pelo reforço da participação das mulheres rurais e dos jovens na governança local da biodiversidade e na ação climática.