
A Tiniguena apresentou ontem, 25 de junho corrente em Formosa a Rede de Jovens Bijagós em Defesa do Clima, criada com o intuito de fortalecer o papel da nova geração na defesa do meio ambiente, aspirando a soluções inovadoras para os desafios climáticos e consequentemente para o desenvolvimento sustentável das ilhas.
A apresentação juntou representantes de diferentes órgãos sociais das comunidades de Canhabaque, Formosa, Nago, Chediã, Orango, Uno e Soga, entre eles jovens, mulheres e meninas, entidades estatais locais, com destaque para a Guarda Costeira, o Instituto da Biodiversidade e das áreas Protegidas (IBAP) e o Comité de Gestão de Urok.
A rede reúne 62 membros das diferentes ilhas, nomeadamente Urok, Orango, Uno, Soga e Canhabaque, e servirá como uma plataforma para promover a educação e a conscientização sobre os impactos das mudanças climáticas e a adoção das práticas sustentáveis adaptáveis a mitigação dos mesmos. Implementar iniciativas que promovam a preservação ambiental e a gestão dos recursos naturais nas Áreas Marinhas Protegidas Comunitária Urok (AMP-Urok), Parque Nacional de Orango (PNO) e Parque Nacional Marinho de João Vieira e Poilão (PNMJVP) e estimulem a colaboração entre jovens de diferentes comunidades para compartilhar conhecimentos e experiências sobre questões climáticas.
A criação dessa rede, foi antecedida por séries de formações e Djumbais sobre as alterações climáticas e intercâmbios entre as ilhas permitindo uma reflexão sobre diferentes temáticas como também permitiu partilhas de experiência e conhecimentos fortalecendo assim as ações e incentivando seu engajamento ativo na resiliência às mudanças climáticas.
“Ao reunir jovens de diferentes comunidades (Urok, Orango, Uno, Soga e Canhabaque), a rede promoverá a colaboração e a troca de experiências. Isso fortalecerá os laços comunitários e envolverá os jovens na garantia da continuidade e da sustentabilidade das ações climáticas a longo prazo. Investir na próxima geração de líderes e defensores ambientais assegura que as iniciativas de adaptação às mudanças climáticas sejam duradouras e eficazes”, realçou a responsável do género da Tiniguena nas ilhas.
é de sublinhar que a criação desta rede está inserida no quadro do projeto Ação Climática Feminista na África Ocidental (ACF-AO), nas comunidades de Urok, Orango, Uno, Soga e Canhabaque implementada pela Tiniguena em parceria com a ONG canadiana INTER PARES, a fim de aumentar as respostas comunitárias à adaptação das mudanças do clima e o reforço da participação das mulheres rurais e dos jovens na governança local da biodiversidade e na ação climática.